No meio de uma rodada dupla de Fórmula 1, não como o assunto ser outro.
GP da Espanha foi longe de ser uma maravilha, mas não foi o pior realizado lá. As mudanças de regulamento ajudaram o que foi possível, mas o circuito da Catalunya é crítico, não há regulamento que resolva este circuito.Como sempre, o melhor carro prevalece neste traçado, mantendo sua previsibilidade.
Por um breve momento, acreditei que a minha previsão de Alonso venceria, se concretizaria, mas após uma ótima largada e uma primeira metade de corrida convincente, a Ferrari sucumbiu.
Sucumbiu, devido ao grande desgaste de pneu e falta de compostos novos. RBR e Mclaren tiveram que usar 1 composto de pneus usado, a Ferrari teve usar 2 compostos e aí dançou...
No final, nada de novo, Vettel venceu, as Mclarens ficaram logo atrás e os brasileiros tiveram mais um fim de semana terrível. Para Barrichello uma constatação, pelo menos neste momento, é o pior carro que ele pilotou em 19 temporadas de F1.
Depois desta corrida, o pessimismo para Mônaco devia ser imenso, certo?
Errado, em Mônaco tudo é diferente. É uma pista fora dos padrões e quem nem sempre o favorito prevalece. Exemplo clássico, é a Ferrari e na era Schumacher, em muitas vezes quando Schumacher e Ferrari ganhavam tudo, chegavam em Mônaco e não prevaleciam.
Tudo começa pela pista ser de muita baixa velocidade, isto significa, que o Kers não tem tanto efeito. As equipes nanicas, que não tem Kers (Lotus, Virgin e Hispania), têm a melhor chance nesta temporada. Mesmo equipes que tem motores mais fracos tem esta deficiência um pouco compensada.
Além disso, o novo regulamento deve contribuir e muito para criar diferenciais nesta corrida. A asa móvel, que corretamente só foi banida na região do túnel, deve incentivar os pilotos a tentarem mais ultrapassagens no final da reta dos boxes, coisa rara em Mônaco.
Porém, o principal fator deve ser a estratégia. Esta tática de fazer muitas paradas de boxes, como tevemos visto nas últimas corridas, não vai colar. A dificuldade de se ultrapassar inviabiliza que os pilotos ganhem tempo com pneus mais novos. Entretanto, o pneu supermacio será usado pela primeira vez. Seu comportamento (desgaste) é uma incógnita, rodar com pneu gasto demais num circuito cheio de curvas é impraticável. Sem esquecer, a presença constante do safety car, que complica normalmente as estratégias.
Estas variáveis devem ter um peso imenso já na classificação, pois o que fazer na corrida? Guardar pneus pra corrida e sacrificar uma boa posição de largada num circuito de difícil ultrapassagem, ou largar mais na frente e correr o risco de se arrastar com pneus muito gastos?
Respostas que veremos a partir desta quinta, quando começa os treinos livres.
Para os engenheiros e pilotos, um nó na cabeça, para nós, a expectativa de uma corrida diferente e movimentada.
Abraços and keep yourself alive!
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