O Mundial de Fórmula 1 regressa este fim de semana às carismáticas ruas do Principado para a realização do sempre prestigiado Grande Prémio do Mónaco. Quase passando de um extremo ao outro, a Fórmula 1 ruma de um traçado com características modernas e curvas velozes para o mais lento dos circuitos que atualmente figura no calendário de Fórmula 1.
Sem muitos dos atributos em termos de segurança que os circuitos mais recentes apresentam, a presença de Monte Carlo no calendário de F1 é quase uma obrigatoriedade, mesmo se recentemente Bernie Ecclestone chegou a por em causa a sua continuidade, mais como forma de pressão para os organizadores do grande prémio. De qualquer forma, o glamour e prestígio que acompanham cada fim de semana do GP do Mónaco tornam este evento numa experiência única.
Para os pilotos, é também um dos derradeiros desafios em termos de exigência de pilotagem, na medida em que a proximidade dos rails não permite o mais ínfimo descuido, exigindo assim concentração ao mais alto nível em todos os momentos. Por isso, triunfar naquela pista citadina é sempre um dos sonhos de qualquer piloto de Fórmula 1.
Para a edição deste ano, os pilotos da Red Bull têm de ser considerados os candidatos principais a triunfarem, dada a superioridade do RB7, mas não é de descartar o surgimento de outras forças na luta pelo triunfo. Sebastian Vettel tem tido um início de temporada de excelente nível, tendo voltado a demonstrar no fim de semana passado, em Barcelona, que é um dos mais fortes candidatos ao título ao resistir de forma perfeita à pressão exercida por Lewis Hamilton. Mas em 2010 o triunfo foi para o seu companheiro de equipa, Mark Webber, residindo aí um dos pontos de interesse desta prova, pois o australiano precisa mesmo de bater Vettel se quer continuar a ter ambições na luta pelo título.
Oposição aposta forte
Para além disso, e sendo um traçado tão diferente do de Barcelona e que exige carga máxima de aerodinâmica, não se poderá descartar a oposição de McLaren - até aqui a mais forte das adversárias da Red Bull -, Ferrari, Mercedes e Renault. Na equipa de Woking, o talento de Lewis Hamilton e Jenson Button (vencedores em 2008 e 2009, respetivamente) poderá ajudar a colmatar algum défice competitivo do MP4-26, em especial em corrida, o mesmo sucedendo na Ferrari, com o caso de Fernando Alonso.
O espanhol, que no ano passado hipotecou as hipóteses de um bom resultado ao despistar-se violentamente na terceira sessão de treinos livres e falhando a qualificação, poderá ser outra das figuras da prova aos comandos do 150º Italia, tendo em conta que o carro italiano se tem dado bem com os pneus macios e em corrida.
A Mercedes, por seu turno, espera ter um monolugar capaz de se bater com os melhores depois de em Barcelona terem ficado uns furos abaixo do esperado, confiando no talento e rapidez de Nico Rosberg e Michael Schumacher. Também a Renault poderá ter uma palavra a dizer, sendo que no ano passado Robert Kubica qualificou-se em segundo lugar e por pouco não conseguia a pole position. Este ano, sem a presença do polaco, a formação britânica espera ter na experiência de Nick Heidfeld e na fogosidade de Vitaly Petrov 'armas' para discutir os lugares cimeiros.
De resto, e em termos das novas regras de 2011, o sistema DRS será apenas utilizado na reta da meta, não se esperando que seja tão efetivo como noutras pistas, devendo caber aos pneus Pirelli - super-macios e macios - a maior responsabilidade de intensificar as batalhas em pista. A fornecedora italiana de pneumáticos admite a possibilidade de existirem apenas duas paragens nas boxes, mas tendo em conta o que se viu nos últimos eventos, esse registo não deverá ser fácil de obter.
Assim, é altura de fazerem as vossas 'apostas' na lotaria do Mónaco: "Mesdames et messieurs, faites vos jeux"!
No comments:
Post a Comment