Caros amigos do Gpexpert,
Esta semana, é impossível não falar da morte de Gustavo Sordemann.
Qualquer coisa que falarmos aqui, de muito pouco contribuirá para justificar o acidente ou menos mostrar a dor dos parentes, que presenciaram no autódromo a morte do piloto.
Mas estes parentes, que neste fim de semana, perderam um filho, deixamos as melhores energias e preces e que Deus os ilumine neste caminho muito difícil.
Quando há um acidente fatal neste automobílismo moderno que vivemos, a qual se desacostumamos a ver com as mortes frequentes, qualificamos isto como uma tragédia ou uma catástrofe. Porque com o nível de segurança que as pistas e os carros chegaram, não há mais um fator para causar a morte de um piloto e sim, vários, como foi neste fim de semana.
Embora sabendo que mais de um fator causou o acidente, o grande algoz para este, já foi escolhido, o muro da curva do café.
Sem dúvida nenhuma, é um dos responsáveis, talvez até o maior. Talvez seja o único ponto perigoso no circuito de Interlagos. Um local sem área de escape e de alta velocidade. Porém, como pode ser visto pelas imagens da televisão, outros fatores contribuíram para o acidente.
Primeiramente, a péssima visibilidade que os pilotos tinham devido ao excesso de chuva, nem pela tv dava pra ver os carros, quiçá para os pilotos dentro dos carros da stock, que já por si só possuem uma visibilidade ruim em chuva. Além disso, a montagem equivocada de um dos pneus, o que poderia ter causado um desequilíbrio no carro ou até mesmo uma aquaplagem.
Entretanto, você pode perguntar, por que estou falando isto?
Simples, quando ocorre um acidente desses existe uma habitual "caça as bruxas" e desta vez, pode trazer consequências maléficas para Interlagos. Por exemplo, a curva já está sendo "carinhosamente" apelidada de Tamburelo de Interlagos.
Outra coisa e mais grave, foi a disparada de críticas à segurança do circuito, por parte de vários seguimentos. Tantas críticas, que se ventila a possibilidade de proibir ultrapassagem em boa parte da reta, com a colocação de bandeiras amarelas permanentes naquele ponto, o que bera a bizarrice e mostra uma desconfiança dos dirigentes sobre a segurança de Interlagos.
Se nós não confiamos no nosso circuito, que dirá os estrangeiros. Como poderemos realizar eventos internacionais numa pista dada como insegura?
Este desespero não pode se propagar.Não que eu ache que não deve ser feito nada em Interlagos, muito pelo contrário, acho que deve ser feita a área escape na curva. Sou totalmente contra a retaliação do (ótimo) traçado, o que mataria um dos principais pontos de ultrapassagem da F1 que é final da reta dos boxes.
Porém, deve ser feito alguma coisa, mas com calma e planejamento. Neste ano será dificil, pelo calendário lotado do autódromo, acomodar alguma obra de grande porte, mas tem que ser feito. Outro problema, é a retirada das arquibancadas. Interlagos não tem uma capacidade elevada para público. Sua lotação não passa 70 a 75 mil pessoas, o que é muito pouco comparado com a maioria dos circuitos que ultrapassa 100 mil. Uma área de escape na curva do café custaria umas 10 mil vagas, o que nenhum autódromo quer perder. Então, o que fazer?
Por isto que eu digo, é necessário ter calma e pensar muito bem no vai ser feito (Se é que vai ser feito), mas é necessário que algo seja feito e num futuro breve.
Mudando de assunto, na semana passada a Fórmula1 foi contaminada por um estado de pessimismo, causado pelo ótimo desempenho da RBR na Austrália e da falha das técnicas impostas pela FIA para aumentar as ultrapassagens. Flavio Breatore, por exemplo, sugeriu a Ferrari que já pensasse em 2012, devido ao desempenho da equipe na última corrida.
Sinceramente, é um exagero. A temporada mal começou e Austrália não pode servir de parâmetro pra tudo. A Mclaren que parecia ser um fiasco já reagiu, por que não esperar que Ferrari e Mclaren venham a destronar a RBR?
Com relação a decepção causada pelos recursos impostos pela FIA, acho que realmente, KERS e asa móvel não solucionarão os problemas de ultrapassagem, embora os próximos circuitos, possuem retas mais longas e com isso estes recursos podem ter algum efeito positivo.
Além disso, a prova da Malásia deve ter uma influência maior dos pneus devido ao calor, um número maior de trocas, que não ocorreram na Austrália (como havíamos previsto).
Na Malásia, ou vai fazer um calor infernal, o que vai consumir mais o pneus, ou vai cair um dilúvio, o que vai embaralhar a corrida. Então, de qualquer forma, a prova tem tudo para ser melhor do que a anterior, é aguardar ...
Valeu Sordemann e um abraço a todos.
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