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Monday, April 18, 2011

Os Truques do Alemão: Segredos da Velocidade de Michael Schumacher

A coluna post do leitor desta semana foi enviada por Antiono Pereira Brito.

" Eu estive com o Michael por 4 anos. " disse Eddie Irvine, " E eu sei a maneira que ele pilota. É um pouco parecido com o meu estilo, mas eu tentei ficar mais parecido ao estilo dele depois de estuda-lo muito.".

" Ele entra com muita velocidade na curva - absurda velocidade quis dizer, inacreditável. Mas é tudo momento; ele tende a não tocar no freio até que ele esteja no ponto certo da curva."

Para um mero mortal, essa técnica resultaria numa saída lenta da curva, perdendo tempo pois a extrema velocidade na entrada da curva, lhe traria problemas na saída mas Michael Schumacher quebra essa regra.
" Grande maioria da vantagem de suas voltas rápidas vem de sua forte entrada nas curvas.", diz Ross Brawn. " Com a maioria dos pilotos, é um caso de entrada rápida/saída lenta ou entrada lenta/saída rápida. Com Schumacher é entrada rápida/saída rápida. Ele consegue tirar 100% do carro, o limite até ele começar a frear o carro, e ele mantêm o carro estável, existem pouquissimos pilotos que conseguem realmente fazer isso. A maioria dos pilotos acertam primeiro o carro na curva para depois acelerar mas Schumacher consegue levar o carro até o limite dentro da curva. Essa é a parte mais crítica que um piloto pode fazer."

O Falecido piloto Mark Donohue descreveu uma vez que levar o carro do ponto de tangência da curva até a saída dela seria como andar em corda bamba, mas fazer isso do começo da curva até a saída dela seria como pular em corda bamba, muito mais dificil.

Então, como Schumacher faz tudo isso?
Não existe uma certa regra, especialmente com Schumacher porque ele é adaptável. Mas geralmente - com um carro acertado a sua maneira, em um tipo de curva que realmente o favorece - ele irá virar ligeiramente cedo do que a teoria manda e começará a frear um pouco mais cedo também.
O "impulso" do carro e a variação do peso na frenagem irá fazer a traseira do carro sair um pouco da linha, fazendo com que o carro saia um pouco de traseira e o carro gire sobre as rodas dianteiras.

O Carro não está deslizando - ele ainda está acelerando - e isso requer nada tão indelicado quanto uma esterçada corretiva; ele apenas mudou a posição central do carro na curva até chegar a sua tangência, apesar de ter começado a virar o carro cedo, ele conseguiu o mesmo ângulo de quem virou na forma padrão. Mas o piloto que tivesse feito isso, teria que aplicar mais força esterçante no volante por causa de sua tardia entrada na curva, resultando numa lenta entrada de curva.

A Vantagem que o piloto deveria ter é, já que ele contornou a curva mais cedo, seu carro estaria em linha reta bem no meio da curva para a saída, dando a chance de uma saída rápida. Schumacher se sobressai nessa vantagem por causa do ângulo do carro pela sua entrada sensivelmente deslizante. Então, ele está pronto para ser tão rápido na saída quanto ele foi na entrada da curva, então entrada rápida/saída rápida.

Tal técnica demanda um carro com uma forte aderência dianteira, lhe possibilitando usar a curva e a força da frenagem juntos na primeira parte da curva e relativamente uma traseira livre para ele poder virar as rodas dianteiras. A Técnica também não precisa muita força esterçante no volante. Agora dê o carro para o piloto de técnica convencional e de grande força esterçante aplicada no volante por causa de sua tardia virada na curva combinando com a forte aderência dos pneus dianteiros, resultado: incontrolável traseira, o tal oversteer.
O piloto sentirá muita dificuldade para controlar o carro, e sairá muito da pista ou irá muito lento. Voltando no tempo, é só recordar os inúmeros acidentes sofridos por Gerhard Berger quando ele pilotou pela primeira vez o Benetton B195 ( carro do bicampeonato de Schumacher ) nos testes em dezembro de 1995.

Isso requer um tremendo "feeling" para fazer a técnica do Schumacher funcionar, para não deixar o carro deslizar demasiado na entrada da curva e ao mesmo tempo não perder velocidade. " A velocidade de sua reações não é nada de outro mundo." diz Ross Brawn. " Más suas reações para o que os 4 pneus estão fazendo são inacreditáveis. Ele tem uma extrema confiança no que sente, eu acho, porque ele nunca entra numa curva preocupado em não conseguir controlar o carro. Ele sabe que consegue, e consegue. É por isso que ele é tão rápido nas primeiras voltas após sair dos boxes, ou com pneus frios. Outros pilotos levam 4 ou 5 voltas para levar o carro ao limite. É quando seu talento é mais óbvio."

Fonte: Autosport 06/06/02 - fonte: http://www.paddockinfo.blogspot.com/

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