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Sunday, April 10, 2011

Formula 1 - De 2000 a 2009, a era das montadoras


O circo da fórmula 1 já vivia um ápice da tecnologia ao final dos anos noventa, com o alto desenvolvimento dos túneis de vento para favorecer a aerodinâmica dos carros e a combinação de elementos de computação nos carros.

No âmbito aerodinâmico, a partir de 2000, os carros ficaram menos arredondados, com partes móveis e mini-aerofólios por toda carenagem. Com o desenvolvimento dos túneis de vento, os engenheiros estudaram como o ar se comportava ao redor do carro, utilizando esse ar nas curvas para deixá-lo mais estável nas curvas e liberá-lo nas retas para que o carro alcance mais velocidade, não oferecendo resistência. Esse desenvolvimento aerodinâmico teve fim com as novas regras para o campeonato de 2009, onde todas essas partes móveis foram banidas dos carros.
O outro ingrediente mais desenvolvido foi a telemetria, medindo cada item do carro, desde o consumo de combustível até a temperatura dos pneus volta a volta dos boxes. Uma equipe hoje chega a ter 30 engenheiros nos boxes controlando todas as voltas de um piloto, em cada curva e reta do circuito.


Mas, o que mais impressionou durante a década foi a entrada das montadoras na fórmula 1. A Fiat comprou a Ferrari, manteve a marca mas, é até hoje a maior acionista da equipe. A Renault comprou a Benetton, a Mercedes se associou à McLaren (vendendo de volta a seu controlador ao final de 2009 e comprando a Brawn GP) e a BMW comprou a Sauber. Foi uma injeção milionária das montadoras em busca do marketing e tecnologia proporcionados pela Fórmula 1. Honda e Toyota já haviam entrado como equipes ao final da década anterior.

Esse domínio das montadoras somente acabou com a crise econômica de 2008. A maior parte dessas montadoras, visando a sobrevivência financeira, foi deixando times ou fechando as portas. A Honda saiu de cena ao final de 2008, a Toyota saiu ao final de 2009, assim como a BMW que foi vendida de volta a Peter Sauber também ao final de 2009.
O circo com ou sem elas continua, é um esporte de desenvolvimento e assim cumpre ciclos. Se compararmos um carro dos anos setenta com um de hoje podemos observar o alto grau de desenvolvimento e investimento que as equipes fizeram. Hoje, um carro de fórmula 1 tem um investimento superior a US$ 300 milhões. Não importando as regras que sejam colocadas, os engenheiros sempre encontram uma maneira de fazerem carros rápidos e competitivos. Esses engenheiros só podem ser chamados de artistas.

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