Inicialmente, esse tipo de ameaça não é novidade, mas jamais foi cumprida, principalmente diante dos interesses comerciais da equipe, da montadora e da Fiat (proprietária das duas primeiras) na categoria. De fato as mudanças tornam o esporte mais artificial, mas não podemos negar que as inovações trazidas para esta temporada aumentaram a emoção das provas. Será que Montezemolo prefere os tempos de Schumacher e monotonia das corridas da época?
A F1 é um esporte caro, onde o avanço tecnológico dos carros chegou a tal ponto que quem tem mais dinheiro para pesquisas e desenvolvimento se sobressai sobre os demais, o que retira a competitividade da categoria. Justamente por isso é que se tenta, a todo custo, trazer a emoção de volta, com idéias mirabolantes.
Se Montezemolo não compactuar com idéias mirabolantes, uma solução muito mais simples pode ser tomada, ou seja, a redução drástica do orçamento das equipes, aliada à restrição do uso de certas tecnologias, o que poderá igualar todas as equipes que alinham no grid.
Nas categorias que nos trazem mais emoção, o fator principal para igualar os carros é justamente a utilização de certos componentes idênticos em todos os carros, como motor e chassi, dentre outros, mas obviamente o presidente da Ferrari não aceitará tais medidas, pois as mesmas afetariam diretamente nos interesses comerciais da equipe na categoria. Tanto é verdade que Montezemolo declarou que a Ferrari permanecerá na categoria enquanto lhe seja dado apoio para o desenvolvimento da tecnologia na produção de seus carros.
O esporte serve justamente para igualar os desiguais na disputa, principalmente no que diz respeito à questão financeira, mas este não é o caso da F1 e da Ferrari. Justamente por essas e outras é que a F1 não é considerada como esporte por muitos, mas essa é uma outra discussão que teremos em um outro momento.
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