O lendário Jackie Stewart
Falar em GPDA nos anos 60 e 70 era falar de Jackie Stewart, escocês tricampeão mundial de F-1 em 1969, 1971 e 1973. Falar em segurança nas pistas e em respeito com a vida dos pilotos também. Tudo isto começou em um acidente e um pavoroso resgate, que quase custou a vida do piloto, muito antes dele se sagrar campeão mundial.
Em 1966, no GP da Bélgica em Spa-Francorchamps, ele perdeu o controle de sua BRM em um temporal. Seu carro bateu em um poste telefônico, em um barranco e foi parar em uma fazenda, capotado.
Stewart ficou 24 minutos de cabeça para baixo, preso no carro e com combustível vazando, sem que ninguém tivesse ferramentas para retirar o mesmo do carro. Quem resgatou o futuro cavaleiro da Rainha foram seus colegas Graham Hill e Bob Bondurant, com as ferramentas de um espectador da corrida. Fantástico, né?
Pior foi depois, quando ele foi levado em uma caçamba de caminhonete até o primeiro posto de atendimento, sem nenhuma estrutura. Com o corpo encharcado de gasolina, Stewart ficou em uma padiola no chão, do lado de tocos acesos de cigarro antes de ser transportado.
Vocês acham que terminou? Que nada, a ambulância se perdeu da escolta policial e o motorista não sabia o caminho para Liége, a cidade grande mais próxima. Somente depois de uma segunda ambulância ser acionada, Stewart chegou ao hospital, em precárias condições de saúde. Ele teve de ser levado de avião para a Inglaterra, aonde foi corretamente tratado e ficou sem sequelas.
Depois disto, Jackie Stewart começou a angariar antipatia dos donos de circuitos ao exigir barreiras adequadas de proteção e todas as medidas mínimas necessárias, como capacetes completos e volantes removíveis.
“Eu teria sido um campeão mundial muito mais popular se eu sempre dissesse o que as pessoas gostariam de ouvir. Eu provavelmente estaria morto, mas certamente seria mais popular”, com sua habitual franqueza disse certa vez o lendário escocês.
Porém Sir Jackie Stewart não terminaria a F-1 de maneira feliz
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