O Mundial de Fórmula 1 chega este fim de semana ao histórico circuito de Silverstone, para a realização do Grande Prémio da Grã-Bretanha, existindo o interesse adicional de verificar como irá estar o equilíbrio entre as equipas da frente.
Isto porque será em Silverstone que entram em vigor de forma mais rígida as novas regras relativas ao aproveitamento dos gases de escape para fins aerodinâmicos, existindo a natural curiosidade de saber quais as equipas que perderão mais sem essa solução.
Por um lado, sabendo-se que esse era um dos segredos do monolugar projetado por Adrian Newey importa verificar se os Red Bull continuarão a mostrar a mesma superioridade que se tem visto nesta temporada, tendo já o diretor técnico da formação de Milton Keynes afirmado que a ausência dessa solução será equivalente a cerca de meio segundo perdido por volta.
Contudo, Newey também deixou claro que já haviam tomado medidas noutros campos para tentar recuperar esse tempo perdido. Este é assim um dos principais pontos de interesse do fim de semana, mesmo se parece muito pouco provável que Sebastian Vettel e Mark Webber se vejam batidos por alguma das equipas rivais, ainda para mais num traçado como Silverstone, no qual a eficiência aerodinâmica ganha maior preponderância, como na sequência de curvas entre Maggotts e Becketts.
Resta saber, também, se Mark Webber conseguirá o seu primeiro triunfo de 2011, de forma a conseguir marcar a sua posição no seio da Red Bull, com o australiano a querer repetir o desempenho do ano passado, em que obteve o triunfo após uma polémica acusação de favorecimento a Vettel após a sessão de qualificação.
McLaren deverá liderar perseguição
Mas não será só a Red Bull a sentir os efeitos da limitação dos gases de escape, já que as principais adversárias também serão prejudicadas com essa alteração. A principal oposição à Red Bull deverá surgir da McLaren, já que o MP4-26 é ligeiramente superior ao Ferrari em termos aerodinâmicos e tanto Lewis Hamilton como Jenson Button correm em 'casa', tendo como objetivo darem uma alegria aos seus adeptos. Para Hamilton, uma boa corrida em Silverstone seria, também, uma forma de esquecer de vez as polémicas recentes em torno das suas penalizações e incidentes.
Da parte da Ferrari, o 150º Italia poderá estar mais perto das duas equipas mais eficientes em termos aerodinâmicos, fruto dos melhoramentos mais recentes, embora seja pouco crível que tanto Fernando Alonso como Felipe Massa possam dar réplica aos Red Bull no traçado de Silverstone. A jogar ainda contra os monolugares italianos está o facto da Pirelli ter escolhido a combinação de compostos duros e macios para o GP britânico, sabendo-se que a performance dos Ferrari é prejudicada pelos pneus mais duros.
Do lado da Mercedes, o objetivo é intrometer-se na luta entre as três outras formações da frente, tanto com Nico Rosberg como com Michael Schumacher, enquanto na Renault as incógnitas são maiores, prevendo-se que seja igualmente prejudicada pela alteração nos regulamentos referentes aos gases de escape, já que o monolugar britânico foi pensado para tirar partido dos mesmos. Mais atrás, a Williams poderá destacar-se no segundo pelotão, sabendo-se que é, das equipas que não recorriam ao aproveitamento dos gases de escape, aquela que é mais competitiva, já que Marussia Virgin e Hispania Racing (as duas outras equipas sem a dita solução) continuarão a figurar nas últimas posições do grid.
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