Depois de Felipe Massa ter sido o mais rápido dos quatro dias de testes de Barcelona, mostrando o verdadeiro potencial do Ferrari F150th, a Fórmula 1 regressa amanhã ao Circuito da Catalunha para o derradeiro apronto antes do GP de abertura do Mundial de F1, na Austrália.
Em Barcelona, foi nume série de apenas três voltas lançadas que o brasileiro efetuou a sua melhor marca, admitindo que "se não estávamos em condições de qualificação, é também evidente que tinha pouca gasolina no depósito. Ficámos próximos do potencial máximo do carro nesta altura, mas teremos novas peças para o próximo teste, que nos darão mais alguns décimos.", referiu Massa, que quer aproximar-se ainda mais da Red Bull, de modo a que a Ferrari, no mínimo, inicie o Mundial ao nível da Red Bull. A diferença não é grande, mas aidna existe. Estes testes são absolutamente decisivos para ser perceber onde está a diferença, se bem que só na qualificação do GP da Austrália e sobretudo na corrida, se vai ter uma ideia mais concreta deste assunto.
Em Barcelona, para a Ferrari os problemas eletrónicos e de caixa de velocidades que afetaram Alonso foram uma surpresa, pois os sistemas tinham funcionado bem até lá, mas como Massa rodou sem dificuldades, os italianos saíram com o moral em alta de Barcelona, mesmo se o paulista admitiu que a Red Bull será difícil de bater: "Não temos dúvidas de que a Red Bull está muito forte e será um adversário complicado. Mas temos as nossas armas e, por isso, estamos confiantes."
Red Bull escondeu-se, e agora em Barcelona?
Ao contrário da Ferrari e da maior parte das outras equipas, a Red Bull prescindiu de efetuar em Barcelona qualquer série de voltas com menos de 30 quilos de gasolina a bordo do RB7, deixando todos na dúvida quanto ao verdadeiro potencial do novo chassis. Simulações de outras equipas apontavam para uma volta em 1m22,0s para Vettel e Webber em condições de qualificação, enquanto a Ferrari era creditada com uma volta em 1m22,4s segundo as mesmas simulações.
Sem abrir o jogo, Mark Webber lá foi admitindo que "não podíamos pedir muito mais nesta altura. Acumulámos quilómetros, estamos a aprender a gerir o consumo dos pneus nas séries mais longas, no que será o principal desafio para todos nós este ano e sabemos que somos rápidos. Mas os pontos só são entregues no final das corridas até ao final do GP da Austrália não vale a pena fazer grandes previsões.
Engenheiros atrasados
Apesar da McLaren estar em dificuldades, a Mercedes e Renault a não parecem em condições de aproveitar o momento menos bom da equipa inglesa, por motivos diversos. No caso da Renault, o R31 tem um comportamento inconstante, parecendo variar muito consoante a temperatura do asfalto e a nível de fiabilidade também está longe de ser brilhante. Já na Mercedes, a principal dificuldade é a falta de carga aerodinâmica que o MGP W02 consegue gerar - a melhor velocidade de ponta do plantel chega mais por falta de arrasto que por eficiência aerodinâmica - o que torna muito complicada a vida de Rosberg e Schumacher, como foi possível ver em pista. A subviragem que afetou a equipa no ano passado não foi eliminada e a não ser que o novo pacote aerodinâmico modifique de forma radical o comportamento do chassis, este deverá ser um novo ano abaixo das expectativas para a equipa de Brackley.
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