Apesar de só Alain Prost ter sido campeão mundial de F1 (em compensação por quatro vezes), vários franceses venceram corridas e chegaram a brigar pelo título. Inclusive vários GPs tiveram nos dois primeiros lugares pilotos franceses. Em duas ocasiões, África do Sul, em 1980 e França, em 1982, os três primeiros eram pilotos da França. Vale ressaltar que além dos dez pilotos citados a seguir a França tem pelo menos mais uns cinco que venceram provas e obtiveram destaques em suas épocas, mas que não entraram na lista.
Para os franceses resta lembrar desta época de ouro para seu automobilismo, pois poucos foram os franceses de destaque na F1 nos últimos 15 anos. Deve ser duro para a torcida, que trinta anos atrás não sabia para quem torcer de tantas opções que tinha hoje não ter ninguém para torcer. Alias nem GP eles tem mais...
- Nascimento: Loire, 24 de Fevereiro de 1955
- Anos em atividade: 1980 – 1991 e 1993
- Equipes: McLaren (1980 e 1984-1989), Renault (1981-1983), Ferrari (1990-1991) e Williams (1993)
- Motors: Ford-Cosworth (1980), Renault (1981-1983 e 1993), TAG-Porsche (1984-1987), Honda (1988-1989) e Ferrari (1990-1991)
- GPs: 199
- Títulos: 4 (1985, 1986, 1989 e 1993)
- Outros resultados: vice-campeão (1983, 1984, 1988 e 1990)
- Vitorias: 51
- Poles 33
- Melhores voltas: 41
- Pódios: 106
- Pontos: 798,5
O narigudo francês foi único que realmente chegou lá e ganhou o mundial. Mas não sem antes passar um susto: foi duas vezes seguidas vice-campeão mundial, tendo em ambas a situações perdido o titulo na ultima prova, uma delas apenas meio ponto atrás do campeão. Parecia que a maldição que impedia os franceses de serem campeões iria lhe perseguir também. Mas em 85 finalmente chegou lá e deu o primeiro titulo para a França na F1.
Com um estilo limpo, sem malabarismo e que não impressionava a torcida, Prost sempre procurava poupar o motor e os pneus, sem com isso perder a velocidade. Quase nunca errava e numa época em que os carros quebravam muito, teve poucos abandonos por falha mecânica, tendo na regularidade sua marca registrada. Sabia melhor do que ninguém que quando não podia vencer terminar em segundo ou terceiro lhe daria valiosos pontos no campeonato.
Na historia da F1 foi o piloto que mais teve que lutar com seus próprios companheiros de equipe. Renée Arnoux, Niki Lauda, Keke Rosberg, Ayrton Senna e Nigel Mansell foram alguns que dividiram os boxes com ele e nunca aceitaram ser n° 2 da equipe. E por isso sempre arrumou desavenças por todas as equipes por onde passou. Tivesse ele tido companheiros de equipe que aceitassem o papel de n° 2, poderia ter batido os recordes de Fangio, muito antes de Schumacher, pois além de 4 títulos possui também 4 vice campeonatos.
Por fim, Prost se especializou em destruir casamentos. Teve vários casos com mulheres de pilotos e dirigentes, sendo o mais famoso com a ex-mulher de Jacques Laffite.
2° lugar: François Cevert
- Nascimento: Paris, 25 de Fevereiro de 1944
- Morte: Watkins Glen, 06 de outubro de 1973
- Anos em atividade: 1970 - 1973
- Equipes: Tyrrell (1970-1973)
- Motors: Ford-Cosworth (1970-1973)
- GPs: 46
- Títulos: 0
- Outros resultados: 3° colocado (1971) e 4° colocado (1973).
- Vitorias: 1
- Poles 0
- Melhores voltas: 2
- Pódios:13
- Pontos: 89
Cevert lidera o GP da Argentina de 1973, seguido de Stewart e Fittipaldi
O francês, com jeito de galã de cinema, foi o primeiro piloto a fazer a França realmente sonhar com o um título na F1. Com um estilo limpo e regular, sempre poupando o equipamento, igual a seus contemporâneos Emerson Fittipaldi e Jackie Stewart, ele é até hoje considerado o melhor 2° piloto da historia da F1. Pois tinha talento suficiente para ser o primeiro, mas nunca desafiou a hierarquia da equipe.
Fora das pistas Cevert fazia muito sucesso entre as mulheres, o que é normal para pilotos de F1, mas ele fazia ainda mais, pois na época era considerado um dos homens mais bonitos do mundo. Chegou, inclusive, a namorar a atriz Brigitte Bardot.
Nos anos 70 sua equipe, a Tyrrell, tinha o patrocínio da Elf, sendo que uma das exigências era que um dos pilotos fosse francês. Nunca uma exigência de um patrocinador se resultou tão benéfica para a equipe. Enquento Stewart vencia corridas e campeonatos para a Tyrrell, Cevert ia aprendendo a domar um F1 e ajudando a equipe no mundial de construtores e conseguindo bons resultados para seu currículo. Esse bom desempenho chamou a atenção de outras equipes, mas ele se manteve fiel a Ken Tyrrell.
Esta fidelidade foi recompensada no final de 1973, quando Stewart decide se aposentar, depois de vencer o mundial pela terceira vez. Desta forma Jackie Stewart e Ken Tyrrell resolvem que era hora de retribuir a lealdade de Cevert. Como Stewart já era o campeão e Cevert tinha chances de ser o vice-campeão, o francês passa a ser o primeiro piloto nas duas corridas finais. A Tyrrell queria fazer o campeão e o vice no mundial de pilotos e o titulo do mundial de construtores.
No GP do Canadá Cevert teve azar e abandonou a prova. Desta forma suas possibilidades de ser vice-campeão eram menores quando chegou a Watkins Glen, palco da ultima corrida do ano. Cevert teria que vencer a corrida, algo nem tão difícil assim, já que ele pilotava uma Tyrrell e que ao longo do ano só não venceu em respeito Stewart e a sua condição e segundo piloto. Nos treinos de sábado Cevert, agora primeiro piloto da equipe, testava seus limites, pois além do vice-campeonato, queria mostrar que poderia brigar pelo título em 1974. Brigava arduamente pela pole position com Ronnie Peterson, quando perdeu o controle do carro em uma sequência de curvas em S e bateu forte, capotando em seguida e parando do outro lado do guard raill. Seu corpo foi dilacerado pelas laminas do guard raill e a cabeça foi separada do corpo.
Cevert já era considerado o grande favorito ao título de 1974, juntamente com Fittipaldi, Peterson e Ickx. Só para ter uma idéia de suas chances, basta ver que Jody Scheckter, substituto de Cevert na Tyrrell e que era praticamente um estreante, venceu duas corridas e ficou em terceiro lugar no campeonato, mantendo suas chances de ser campeão até a última etapa. Com sua maior experiência e regularidade não resta dúvida que Cevert brigaria pelo titulo tendo enormes chances de conquistá-lo. Mas o destino não quis e a França teve de esperar mais de uma década para comemorar um titulo na F1.
3° lugar: Didier Pironi
- Nascimento: Paris, 26 de março de 1952
- Morte: Southampton, 23 de agosto de 1987
- Anos em atividade: 1978-1982
- Equipes: Tyrrell (1978-1979), Ligier (1980) e Ferrari (1981-1982)
- Motors: Ford-Cosworth (1978-1980) e Ferrari (1981-1982)
- GPs: 70
- Títulos: 0
- Outros resultados: vice-campeão (1982) e 5° colocado (1980).
- Vitorias: 3
- Poles: 4
- Melhores voltas: 5
- Pódios: 13
- Pontos: 101
Pironi se defende do ataque de Villeneuve no GP de San Marino de 1982
Pironi era um piloto extremamente rápido, mas seu talento fazia com que, apesar da rapidez, errasse muito pouco. O problema, na maioria das vezes, era que o carro não aguentava. Foram vários GPs liderados, mas não terminados por falhas mecânicas. A temporada de 1980, quando defendeu a Ligier, foram vários abandonos em GPs que ele poderia ter vencido. Se essas vitórias tivessem acontecido, ele teria pontos suficientes para ter sido o campeão. Mas como não aconteceram terminou o ano apenas em 5° lugar.
De qualquer forma o potencial mostrado chamou a atenção de Enzo Ferrari que o contratou para fazer dupla com o não menos veloz, porém, muito mais espetacular canadense Gilles Villeneuve. No primeiro ano de parceria, em 1981, a convivência foi boa e os dois pilotos tornaram-se grandes amigos. Neste ano Villeneuve, melhor adaptado a Ferrari, venceu duas vezes e teve outras boas posições, isso quando não batia ou o carro não quebrava. Já Pironi, quando o carro não quebrava, também teve boas atuações, embora mais discretas do que as do canadense. Tudo isso fez Villeneuve crer que Pironi seria um comportado 2 piloto em 1982. Mas não foi o que aconteceu.
Depois de um ano penando com o carro da Ferrari e vendo que em 1982 o carro era competitivo, Pironi resolveu desafiar o canadense. O embate aconteceu no GP de San Marino, quando o canadense liderava tendo a escolta do piloto francês. A poucas voltas do final, Pironi sentiu que tinha condições de vencer e partiu para o ataque em cima de Villeneuve, realizando uma bela ultrapassagem. Villeneuve, pensando que Pironi só queria divertir o público e que logo lhe devolveria a posição, não respondeu ao ataque de imediato. Mas depois de algumas voltas, vendo que o francês não diminuía o ritmo para ele passar, resolveu partir para cima retomando o primeiro lugar. Pironi, por sua vez, não se deu por derrotado e deu o troco na volta seguinte, assumindo a ponta novamente. Mesmo com o forte ataque de Villeneuve na última volta Pironi cruzou a linha de chegada em primeiro, vencendo pela primeira vez com a Ferrari e dando provas de seu talento. Villeneuve ficou furioso, com o que considerou uma traição de Pironi, sendo que os dois não se cumprimentaram no pódio e o canadense não falou mais com o francês, até sua morte, quinze dias depois, nos treinos para o GP da Bélgica.
Chegando a Zolder, palco do GP da Bélgica de 1982 o canadense queria de todas as formas ser mais rápido do que o francês, mas apesar dos seus esforços iria largar atrás de Pironi. Foi quando a poucos minutos do final do treino ele tentou mais uma vez baixar o tempo do francês, mas acabou encontrando um carro mais lento na pista, batendo neste e capotando varias vezes. Villeneuve foi cuspido para fora do carro, tendo quebrado o pescoço e morrido horas depois no hospital.
Em sinal de luto a Ferrari se retira do GP. Após este episodio Pironi foi acusado de, involuntariamente, ter causado a morte de Villeneuve, pois se não tivesse vencido em San Marino o canadense não chegaria a Zolder com essa obseção em ser mais rápido que ele...
Mesmo abalado com o a morte do canadense Pironi continuou sua jornada rumo ao titulo. Com mais uma vitoria no GP da Holanda e outros bons resultado ele liderava o mundial com uma boa vantagem. Até que no warm-up (treino que era realizado no domingo de manhã, antes da corrida) para o GP da Alemanha, no qual largaria na pole position, teve um grave acidente ao bater a quase 300 km/h na traseira do carro de Prost.
Pironi teve varias fraturas em ambas as pernas e nunca mais voltou a competir na F1.
Para se ter uma idéia da vantagem do francês neste ano, mesmo faltando 5 provas para o final e ele não podendo mais correr, ainda liderou o mundial até a penúltima prova, quando Keke Rosberg assumiu a ponta. No fim Pironi ficou com o vice-campeonato seis pontos atrás de Rosberg.
Desta forma parece que Pironi teria vencido fácil o campeonato, se não fosse o acidente, pois bastaria somar apenas seis pontos em cinco provas. Algo plenamente possível, fácil até, em se tratando de um piloto que dispunha da competitiva Ferrari de 1982. Mas, mais uma vez, não quis o destino que um francês fosse campeão do mundo e a França teria que esperar mais alguns a nos para comemorar um título.
Pironi passou os anos seguintes de sua vida tentando se recuperar e voltar a F1. Chegou, inclusive, a fazer testes coma as equipes Ligier e AGS em 1986. Nestes testes constatou-se que Pironi mantinha a mesma velocidade, porém depois de algumas voltas perdia ritmo devido as fortes dores nas pernas. Em suma sua carreira na F1 estava acabada.
Mas Pironi não se deu por vencido e neste mesmo ano passou a correr de lanchas, onde os comandos são todos manuais. Foi competindo no campeonato mundial da classe off-shore, onde brigava pelo titulo mundial, que Pironi morreu em 1987. Realmente não era para ele ser campeão mundial em nenhuma categoria...
Deixou sua mulher grávida de gêmeos, que quando nasceram foram batizados de Gilles Pironi e Didier Pironi Jr. em homenagem aos ex-amigos e companheiros de Ferrari.
4° lugar: Jacques Laffite
- Nascimento: Paris, 21 de novembro de 1943
- Anos em atividade: 1974-1986
- Equipes: Williams (1974-1975 e 1983-1984) e Ligier (1976-1982 e 1985-1986)
- Motors: Ford-Cosworth (1974-1975, 1979-1980 e 1983), Matra (1976-1978 e 1981-1982), Honda (1984) e Renault (1985-1986)
- GPs: 176
- Títulos: 0
- Outros resultados: 4° colocado (1979, 1980 e 1981)
- Vitorias: 6
- Poles 7
- Melhores voltas: 6
- Pódios: 32
- Pontos: 228
Laffite lidera o GP da Argentina de 1979
Durante toda a sua carreira foi piloto de apenas duas equipes: Williams e Ligier. Teve duas passagens por cada uma delas. Estreou na William em 1974, transferindo-se para a Ligier em 1976, ficando na equipe francesa até 1982. Em 1983 retornou a Williams ficando por dois anos na equipe inglesa. Em 1985 volta para a Ligier, onde encerra sua carreira depois de um acidente na largada do GP da Inglaterra de 1986.
Foi um dos pilotos mais técnicos de seu tempo. Um estilo parecido com o de Nelson Piquet: rápido e bom acertador de carros, porém, um pouco menos regular que o brasileiro. Aliás, se tivesse um pouco mais de regularidade em alguns momentos de sua carreira poderia ter vencido o mundial. Esteve perto disso em 1979, 1980 e 1981, quando a bordo dos Ligier JS 11 e JS 17, ambos o carros desenvolvidos por ele, brigou pelo titulo, tendo inclusive liderado o campeonato, sendo o segundo Frances a fazê-lo. Mas as falhas mecânicas eram frequentes e Laffite teve vários abandonos em momentos cruciais nesses campeonatos. A causa destas quebras era que a indústria metal mecânica francesa não era tão desenvolvida quanto a inglesa e a baixa qualidade dos materiais usados pela equipe Ligier fazia com que varias quebras ocorressem. Esse problema afetou também a Renault, que teve muitas falhas mecânicas nessa mesma época. As melhores equipes inglesas da época não tinham este problema, como pode ser constatados com os resultados de Brabham e Williams.
Em 1979, depois de passar alguns anos tendo bons resultados com equipes pequenas e medias (vários pódios uma pole e uma vitória no GP da Suécia de 1977) finalmente Laffite tinha um carro de ponta. A Ligier JS 11 era uma copia melhorada do Lotus 79, corro que dominou a temporada de 1978. Todas as equipes copiaram o carro da Lotus, mas quem deixou o carro proto primeiro foi a Ligier. E ela ainda fez um carro melhor que o da Lotus. Com isso Laffite dominou o inicio da temporada vencendo as duas primeiras provas do mundial. A partir da terceira corrida as outras equipes foram apresentando suas “copias melhoradas do Lotus” e a Ligier deixou de ter o melhor carro para ter um carro equivalente. Porém, a essa altura Lafitte já tinha 18 pontos de vantagem. Era só administrar e vencer quando fosse possível. O sonho francês de um campeão parecia perto.
Nas etapas seguintes Ferrari, Williams e Renault e a própria Ligier dividiram as vitórias, mas as falta de confiabilidade do carro francês colocou tudo a perder. Apesar de andar no pelotão da frente e brigar pela vitoria Laffite quase sempre quebrava. Desta forma viu a sua liderança ser tomada por Scheckter, a vice-liderança por Villeneuve e o terceiro lugar por Alan Jones. No fim suas chances de ser campeão terminaram quando ainda faltavam duas etapas para o fim. Acabou o campeonato em 4° lugar.
Mesmo assim era um dos favoritos para 1980, pois esperava uma nova versão do JS 11, que seria um carro mais confiável. Mas só na teoria, pois na prática os mesmo problemas voltaram a atormentar o piloto francês que desta vez não chegou a liderar o mundial, mas sempre andou no pelotão da frente e ficou o ano todo tentando dar o pulo do gato e entrar na briga direta pelo título. Depois da vitória no GP da Alemanha Laffite entrou na briga direta pelo titulo, mas abandonos nas provas seguintes o relegaram mais uma vez ao quarto lugar final.
Em 1981 a Ligier volta usar os motores Matra e a nova JS 17 era uma evolução da JS 11 com o motor V12 da Matra. Laffite penou na primeira metade do campeonato, mas conseguiu desenvolver o carro e tornando-o competitivo na segunda metade. Teve uma recuperação fantástica na fase final do campeonato, depois de vitórias na Áustria e no Canadá, chegando a ultima prova do ano em Las Vegas na terceira posição e com chances de ser campeão. Era a primeira vez que um francês chegava tão longe na disputa do título. Enquanto a França sonhava, Laffite sofria com vários problemas técnicos, terminando a prova apenas em sexto lugar e vendo o titulo escapar mais uma vez. Nem mesmo o terceiro lugar conseguiu manter, pois Jones que não tinha mais chances de ser campeão, venceu a corrida e somou os pontos necessários para passar Laffite, que, mais uma vez terminou em quarto lugar.
Daí para frente nunca mais guiou um carro em condições de brigar pelo título: passou pela Williams na faze de transição entre os motores Ford-Cosworth aspirados para os Honda turbo, onde não teve um carro competitivo e depois voltou a Ligier que não conseguiu mais repetir o sucesso dos JS 11 e JS 17. Mas mesmo assim Laffite se manteve entre os pilotos de ponta conseguindo vários pódios e igualando o recorde de GPs disputados, que na época pertencia a Graham Hill. No mesmo GP em que igualou o recorde teve um acidente grave que encerrou sua carreira na F1.
Fora das pistas Laffite teve uma grande amizade com Alan Prost, até que este virou amante de sua mulher. Inimigo declarado do narigudo francês, Laffite hoje é comentarista da TV francesa TF1.
5° lugar: René Arnoux
- Nascimento: Pontcharra, 04 de julho de 1948
- Anos em atividade: 1978-1989
- Equipes: Martini (1978), Surtees (1978), Renault (1979-1982), Ferrari (1983-1985) e Ligier (1986-1989)
- Motors: Ford-Cosworth (1978 e 198), Renault (1979-1982 e 1986), Ferrari (1983-1985), Magatron (1987) e Judd (1988)
- GPs: 149
- Títulos: 0
- Outros resultados: 3° lugar (1983) 6° lugar (1980, 1982 e 1984)
- Vitorias: 7
- Poles 18
- Melhores voltas: 12
- Pódios: 22
- Pontos: 181
Arnoux com a Renault em Interlagos, 1980
Foi um dos pilotos mais rápidos e espetaculares de seu tempo. Era o showman das classificações, até Senna se encarregar desta tarefa a partir de 1985. Apesar de toda a sua velocidade Arnoux não sabia poupar o equipamento e, em uma época onde os carros eram muito mais frágeis do que hoje, essa era um virtude que lhe fazia muita falta. Principalmente na Renault, suas corridas se resumiam em largar na pole e liderar até o carro quebrar ou ele bater. Essas falhas mecânicas características dos carros da Renault dos anos 80 eram muito mais comuns com ele do que com Prost, seu companheiro em 1981 e 1982. Nestas duas temporadas mais no ano de 1980 Arnoux fez 15 poles, mas venceu apenas 4 corridas. Diante de tantos problemas mecânicos, apesar de sua rapidez Arnoux não conseguiu nada mais do que dois sextos lugares nos campeonatos de 1980 e 1982 a serviço da equipe francesa.
Mas apesar das poucas vitórias o seu potencial foi reconhecido e Enzo Ferrari, que procurava um piloto rápido para substituir Pironi na Ferrari, lhe fez uma proposta para 1983. Arnoux, que já estava de mal com Prost e cansado das quebras do carro da Renault acabou aceitando correr pela Ferrari em 1983.
Na equipe italiana teve a companhia de outro piloto Frances, Patrick Tambay. Embora os motores Ferrari fossem menos potentes em treinos que os Renault, Arnoux consegui varias poles, mostrando seu talento natural para ser rápido em classificações. E com a maior durabilidade dos motores Ferrari em corridas o francês pode vencer três vezes. Neste ano, depois de um começo de campeonato irregular, teve uma arrancada espetacular na fase final e assumiu a vice-liderança do mundial. Mas um Nelson Piquet impossível e um erro de pilotagem na penúltima prova do ano o relegaram para a terceira posição do mundial, atrás de Prost e Piquet, mas ainda com chances matemáticas de ser campeão na ultima prova. Era a segunda vez que a França tinha chances de ter um piloto campeão na ultima etapa do campeonato. E dessa vez as chances era dobradas, pois Prost liderava e Arnoux era o terceiro. Mas ainda não foi dessa vez que a Marselhesa seria tocada para o campeão, pois Prost e Arnoux abandonaram a corrida com falhas mecânicas e Piquet foi o campeão.
A França teve três pilotos de ponta neste ano, sendo que eles ocuparam a segunda (Prost), terceira (Arnoux) e quarta (Tambay) posições no campeonato, mas não levaram o título.
Este terceiro lugar foi o seu melhor resultado final na F1. Depois disso Arnoux nunca mais guiou um carro em condições de disputar o título. Mas mesmo assim o francês continuou sendo um piloto de ponta tendo boas performances com a Ferrari em 1984, mas nada pode fazer diante da poderosa McLaren, que dominou a temporada. No fim teve a alegria de ver Prost, seu inimigo declarado, perder o título mais uma vez.
Na temporada seguinte a Ferrari era competitiva, mas Arnoux se desligou da equipe logo após o GP do Brasil, em condições até hoje não devidamente explicadas. Aparentemente ele deixou a equipe em comum acordo com os dirigentes de Maranello.
Voltou em 1986, na equipe Ligier, tendo boas performances ao lado de Laffite, inclusive liderando várias voltas do GP dos Estados Unidos, em Detroit. Mas a partir de 1987 a Ligier decaiu muito e Arnoux por mais que se esforçasse andava quase sempre no fim do pelotão. Cansado dos maus resultados dos últimos anos e já com 41 anos, decidiu retirar-se das pistas no final de 1989.
Fora das pistas montou uma equipe de F3000, a DAMS, que hoje disputa a GP2.
6° lugar: Jean Alesi
- Nascimento: Avignon, 11 de junho de 1964
- Anos em atividade: 1989-2001
- Equipes: Tyrrell (1989-1990), Ferrari (1991-1995), Benetton (1996-1997), Sauber (1998-1999), Prost (2000-2001) e Jordan (2001)
- Motors: Ford-Cosworth (1989-1990), Ferrari (1991-1995) Renault (1996 e 1997), Petronas - Ferrari (1998-1999), Peugeot (2000) Accer - Ferrari (2001) e Honda (2001)
- Gps: 201
- Títulos: 0
- Outros resultados: 4° lugar (1996 e 1997) 5° lugar (1995)
- Vitorias: 1
- Poles 2
- Melhores voltas: 4
- Pódios: 32
- Pontos: 240
Alesi com a Ferrari no GP da Inglaterra de 1993
Foi o ultimo grande piloto francês na F1. Era o grande showmen da F1 no inicio dos anos 90, tendo feito várias boas performances, principalmente em 1990. Quem não se lembra do suador que deu em Senna do GP dos EUA, em Phoenix, quando liderou várias voltas com sua modesta Tyrrell e ainda deu X em Senna. No fim ainda foi segundo colocado. Este bom desempenho, somado a outros que obteve ao logo do campeonato, fez com que o francês de Avignon fosse requisitado por várias equipes para 1991. Sendo que Williams e Ferrari eram as principais.
Quando teve a proposta da Ferrari, Alesi já tinha assinado com a Williams e a equipe italiana teve que pagar uma pesada multa para o time de Grove liberar o piloto. Na época a Williams tinha um carro bom para fazer alguns pódios e até vencer esporadicamente. Já a Ferrari tinha um carro para disputar o título. Diante deste panorama o francês fez a escolha certa optando pelo time de Maranello, porém, o que ele não esperava, é que a Ferrari iniciaria, a partir de 1991, um período de decadência e crises internas, de forma que só voltaria a vencer em 1994 e a brigar pelo titulo em 1997, quando Alesi já estava fora da equipe. Em contra partida, a Williams voltaria a brigar pelo título já em 1991 e teria o melhor carro de 1992 a 1997. Sua fase de azar e decisões erradas, como veremos adiante, não terminaria aí.
Alheio a tudo isso Alesi dava seu espetáculo a bordo da Ferrari n° 27 lembrando muito os desempenhos de Gilles Villeneuve, um dos maiores ídolos da Ferrari. Mas apesar de dar trabalho para Prost em 1991 e de quase sempre deixar seus companheiros de equipe para trás, a primeira vitória de Alesi não aprecia. O carro da Ferrari não tinha ritmo para acompanhar os Williams, Mclaren e Benetton e o francês dava o máximo de si para conseguir alguns pódios. Até que em 1995 o carro italiano melhorou um pouco e ele finalmente vence sua primeira corrida na F1. Esta vitória, somada com outros bons desempenhos lhe dá o 5° lugar no mundial.
Para 1996 surge uma proposta para defender a Benetton, equipe bicampeã com o piloto alemão Michael Schumacher. Parecia altamente vantajoso para Alesi, mas ele não contava que praticamente todo o corpo técnico da Benetton se transferisse para a Ferrari. O resultado foi uma fraca Benetton, incapaz de brigar pelo título, que não conseguia sequer vencer corridas e uma Ferrari em franca evolução e que sempre brigaria pelo campeonato a partir de 1997, conquistando-o em 2000, dando inicio a um dos maiores domínios da historia da F1.
Novamente Alesi errou na escolha e apesar de varias boas performances com vários pódios o Frances não venceu nenhuma corrida nos dois anos em que defendeu a Benetton e não conseguiu o tão sonhado título. Os dois quartos lugares que conquistou nos campeonatos de 1996 e 1997 era pouco diante de suas ambições e expectativas da equipe que havia sido bi-campeã em 1994 e 1995. O carro era fraco e depois que o Frances deixou a equipe o desempenho piorou, mas mesmo assim Alesi foi considerado o culpado pelo fracasso e sua carreira entrou em declínio a partir de 1998, quando voltou a correr apenas por equipes medias.
Mas agora, sem a motivação do começo da sua carreira, apesar de algumas boas performances, como na Bélgica em 1998, quando levou a Sauber a um terceiro lugar, Alesi não conseguia repetir as boas performances dos tempos de Tyrrell e abandonou a F1 no final de 2001.
7° lugar: Patrick Depailler
- Nascimento: Cermont-Ferrand, 09 de agosto de 1944
- Morte: Hockenheim, 01 de agosto de 1980.
- Anos em atividade: 1972, 1974-1980
- Equipes: Tyrrell (1972, 1974-1978), Ligier (1979) e Alfa Romeu (1980)
- Motors: Ford-Cosworth (1972, 1974-1979), Alfa Romeu (1980)
- GPs: 95
- Títulos: 0
- Outros resultados: 4° lugar (1976), 5° lugar (1978)
- Vitorias: 2
- Poles 1
- Melhores voltas: 4
- Pódios: 19
- Pontos: 139 (141)
Depailler lidera o GP da Espanha de 1979
Assim como Alesi, Depailler também demorou a conseguir sua primeira vitória na F1. Apesar de sempre ter bons resultados o francês era o segundo piloto da Tyrrell e apesar de ter um carro competitivo, não tinha a mesma atenção de seu companheiro de equipe, o sul africano Jody Scheckter. Mesmo assim várias vezes superou Scheckter e brigou pelas vitórias, mas sempre algo acontecia e impedia-o de vencer.
Em 1976 a bordo do Tyrrell de seis rodas teve seu melhor ano, ao terminar em 4 lugar, com vários pódios, mas nenhuma vitória... A partir de 1978, quando passou a ser o primeiro piloto da Tyrrell, sua sorte mudou. Apesar de a equipe estar em decadência Depailler finalmente conseguiu a sua primeira vitória, no GP de Mônaco. Essa vitória somada a outros bons resultados lhe deu a liderança do campeonato, sendo a primeira vez que um francês conseguia tal façanha. Embora não tivesse carro para brigar com as Lotus, Barabham e Ferrari, Depailler contava com sua regularidade e arrojo para tentar o título. Mas não deu, apesar de seus esforços acabou o ano em 5° lugar.
Em 1979 iria de mala e cuia para a Ligier, fazer dupla com Lafitte. Superado por este nas duas primeiras provas, Depailer matinha sua regularidade e reagiu com uma bela vitoria na Espanha. Assim entrava na briga direta pelo título. Mas um acidente de asa delta dias depois lhe fez sofrer varias fraturas e o deixaram no estaleiro até o fim do ano. Mais uma vez o destino impedia de um Frances tentar o título mundial. Mas Depailler não desistiu e apesar de ser desacreditado por Guy Ligier, que o substituiu por Pironi em 1980, assinou com a Alfa Romeu para a temporada de 1980.
Na equipe italiana tinha a árdua missão de desenvolver o carro com motor V12. Conseguiu vários bons desempenhos, pois o carro até que era rápido, porém muito frágil e Depailler nunca terminava as corridas. Na tentativa de melhorar o carro o Frances testou bastante durante a temporada de 1980 e foi em um teste em Hockenheim, em 01 de agosto, que Depailler perdeu a vida, depois que perdeu o controle no final da reta dos boxes e bateu muito forte no guard rail.
8° lugar: Patrick Tambay
- Nascimento: Paris, 25 de junho de 1949
- Anos em atividade: 1977- 1979 e 1981-1986
- Equipes: Surtees (1977), Ensign (1977), McLaren (1978-1979), Theodore (1981), Ligier (1981), Ferrari (1982-1983), Reanault (1984-1985) e Lola (1986)
- Motors: Ford-Cosworth (1977-1979, 1981 e 1986), Matra (1981), Ferrari (1982-1983) Renault (1984-1985)
- GPs: 114
- Títulos: 0
- Outros resultados: 4° lugar (1983)
- Vitorias: 2
- Poles 5
- Melhores voltas: 2
- Pódios: 11
- Pontos: 103
Tambay seguido de Rosberg em Long Beach, 1983
Tambay era um francês com pinta de ator de cinema e tinha o apelido de “bonito”. Teve uma estréia muito boa na F1 com a equipe Ensign em 1977, onde deu um suador no experiente Clay Regazzoni. Era um piloto rápido, embora não extremamente rápido, que errava pouco e era regular.
Este bom desempenho chamou a atenção de Enzo Ferrari que fez um vestibular entre ele e Gilles Villeneuve no final de 1977. O canadense venceu a disputa, mas o francês também se deu bem e foi recrutado pela McLaren. Seu azar foi que a equipe inglesa entrou e declínio a partir de 1978. Apesar de andar bem e superar varias vezes James Hunt, campeão mundial em 1976, Tambay não conseguiu nada mais do que 7 pontos no campeonato. Mas seu bom desempenho foi reconhecido e ele renovou o contrato com a equipe. Mas no segundo ano as coisas pioraram e o francês não marcou nenhum ponto.
Queimado na F1, Tambay perambulou em outras categorias em 1980, mas voltou em 1981 ao volante dos péssimos Theodore-Ford. Depois de alguns desempenhos até que razoáveis foi chamado para pilotar pela Ligier. Na equipe francesa, até que teve alguns desempenhos razoáveis, mas seu carro quebrava sempre e todas as atenções estavam voltadas para Laffite que brigava pelo título. Novamente queimado ficou sem equipe para 1982. Mas depois da morte de Gilles Villeneuve, Enzo Ferrari lembrou-se do teste de 1977 e o chamou para a equipe. Seu bom desempenho ajudando o time de Maranello a vencer o mundial de construtores lhe deu a chance de ficar na equipe em 1983, onde era um dos favoritos ao titulo.
Teve um bom inicio de ano, com uma bela vitória em San Marino, diante dos torcedores italianos. Depois disso, apesar de ter varias quebras e uma briga ferrenha com seu parceiro de time, Renée Arnoux, fez varias poles e alguns pódios. Desta forma se manteve na briga pelo titulo. Teve chances matemáticas de ser campeão até a penúltima corrida do ano e fechou a temporada em 4° lugar.
Para o ano seguinte foi defender a equipe Renault no lugar de Prost. Seu pouco talento para acertar carros e um carro mal nascido fez com que Tambay não disputasse o titulo, apesar de sua rapidez como piloto. Na temporada seguinte as coisas foram piores ainda e a Renault resolveu fechar a equipe. Para não ficar a pé o francês assinou com a Lola que era a equipe oficial da Ford, mas o projeto foi um fracasso e os poucos pontos conquistados o fizerem desistir da F1.
Fora das pistas de asfalto, Tambay disputou varias edições do Rali Paris-Dakar e embora não tenha vencido teve varias boas performances e terminou 2 vezes em 3° lugar.
9° lugar: Jean-Pierre Jabouille
- Nascimento: Paris, 01 de outubro de 1942
- Anos em atividade: 1974-1975 e 1977-1981
- Equipes: Williams (1974), Surtees (1974), Tyrrell (1975), Renault (1977-1980) e Ligier (1981)
- Motores: Ford-Cosworth (1974 e 1975), Renault (1977-1980) e Matra (1981)
- Gps: 49
- Títulos: 0
- Outros resultados: 8° lugar (1980)
- Vitorias: 2
- Poles 6
- Melhores voltas: 0
- Pódios: 2
- Pontos: 21
Jabouille com a Renault em 1980
Piloto rápido, mas de estilo muito técnico, Jabouille era uma espécie de engenheiro sem diploma. Tinha grandes conhecimentos técnicos e foi de vital importância no inicio do projeto do motor turbo da Renault. Foi ele quem tornou os motores turbo vencedores depois de um inicio onde mal conseguiam se classificar para a largada.
Durante os anos de 1979 e 1980 teve varias vitórias perdidas por falhas mecânicas. Se essas vitórias tivessem se confirmado o francês poderia ter brigado pelo título. Assim como Arnoux fez varias poles e liderava as corridas até o carro quebrar. Mas mesmo assim a primeira vitória da Renault na F1 foi por suas mãos em 1979, no GP da França. Imaginem a festa: piloto, carro, motor e pneus (Michelim) franceses. Venceu mais uma vez na Áustria em 1980, mas um grave acidente no final deste ano fez a Renault o substituir por Alain Prost em 1981.
Desta forma foi para equipe Ligier onde teve vital importância, juntamente com Laffite, no desenvolvimento dos motores Matra V12 que voltavam a F1. Permitindo, assim, que Laffite brigasse pelo título. Contudo, já não tinha mais a mesma velocidade de antes do acidente e resolveu retirar-se das pistas no meio da temporada, concentrando-se apenas na parte técnica da equipe.
10° Lugar: Jean Behra
- Nascimento: Nice, 16 de fevereiro de 1921
- Morte: Berlim, 01 de agosto de 1959
- Anos em atividade: 1951-1959
- Equipes: Gordini (1951-1954), Maserati (1955-1957), BRM (1958), Ferrari (1959) e Porsche (1959)
- Motores: Gordini (1951-1954), Maserati (1955-1957), BRM (1958), Ferrari (1959) e Porsche (1959)
- GPs: 54
- Títulos: 0
- Outros resultados: 4° lugar (1956)
- Vitorias: 0
- Poles 0
- Melhores voltas: 1
- Pódios: 8
- Pontos: 51,14
Jean Behra com a Maserati 250F no GP da França, em 1957
Olhando para os resultados de Behra não parece que ele tenha sido um dos melhores pilotos de F1 dos anos 50. Mas acontece que em corridas de carro, sempre é preciso observar o equipamento que o piloto tem a sua disposição. As vezes um piloto que vence várias corridas não é assim tão bom, mas como tem o melhor equipamento acaba vencendo. No caso do francês ele teve sempre carros inferiores aos dos seus adversários, daí o seu currículo na F1 ser tão magro.
No caso do piloto francês foram varias corridas onde conseguiu bons resultados com carros muito inferiores. Por exemplo, em seus primeiros anos de F1 ele corria pela equipe Gordini, que tinha um carro muito menos potente que as Alfa Romeu, Ferrari, Maserati e Mercedes, mas mesmo assim fez uma melhor volta e conseguiu um pódio, mostrando todo o seu potencial como piloto.
Em 1955 transferiu-se para a Maserati e, com um carro melhor, conseguiu vários pódios e algumas vitórias em provas extra-campeonato. Desta forma ficou em 4° lugar no mundial de 1956. Em 1957 esperava ser o primeiro piloto da equipe italiana e brigar pelo título. Ele só não contava com a contratação de Fangio, que acabaria sendo o campeão daquele ano. Neste ano Behra teve um carro competitivo e mesmo como 2° piloto liderou varias provas, mas seu carro sempre acabava apresentando problemas mecânicos. O fato de o carro de Fangio raramente apresentar falhas, fez com que o francês deixasse a equipe no final do ano.
Em 1958 passou a pilotar para a equipe inglesa BRM. Mas esta tinha um carro pouco competitivo e que quebrava bastante. Mesmo assim Behra conseguiu um pódio e empolgou o publico em algumas provas, até o carro quebrar. Mas seu talento não passa despercebido e em 1959 ele é contratado pela Ferrari.
Considerando a competitividade da Ferrari de 1958 e o talento de Behra, era de se esperar que sua primeira vitória oficial na F1 ocorresse em 1959. Mas o que aconteceu foi uma sucessão de abandonos por falhas mecânicas. A gota d'água para Behra foi na França, quando correndo diante de seu publico, mais uma vez não termina a prova. Querendo tirar satisfações com o chefe da equipe, Romolo Tavoni, teve uma forte discução com este, acabando por agredi-lo com um soco, sendo imediatamente despedido.
Contratado em seguida pela Porsche, para correr em provas de turismo e carros esporte, teve nova chance de guiar na F1, no GP da Alemanha, onde a Porsche lhe deixou disponível um carro. Nesta corrida Behra iria participar também de uma corrida preliminar de carros esportes. Foi nesta prova que Behra perdeu a vida, quando saiu da pista e bateu com a cabeça em um poste.
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