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Wednesday, February 2, 2011

Monza 1971 Que Chegada!!!

Bom galera do GP Expert semana passada eu dei inicio a nova coluna do blog chamada "Vale a pena Posta de Novo" e hoje vamos dar continuidade à ela.

Vamos voltar no tempo e falar de uma chegada eletrizante ocorrida em Monza mais precisamente no ano de 1971.

Se você achava que só Senna e Mansell tiveram uma chegada apertada dê só uma olhada nessa.


GP da Itália de 1971, exatamente no dia 5 de setembro, Peter Gethin, venceu pela penúltima vez com uma BRM, cruzando a bandeirada com meio bico de vantagem sobre o March de Ronnie Peterson, à frente mísero um centésimo, considerado uma das vitórias de menor diferença na história da F1, e ainda culminou com a maior média horária da F-1, 242,62 km/h (a de 2002 foi de 241,09 km/h e a única em que quatro carros cruzaram a bandeirada no mesmo segundo (1h18min12s).

O 5º colocado, Howden Ganley chegou 60 centésimos atrás do líder, uma coisa completamente maluca, assim como toda a corrida.

Tenho em mãos o mapa da prova e posso lhe dizer que a liderança trocou de mãos 26 vezes em 55 voltas. Oito pilotos andaram em primeiro lugar e deles, Gethin (junto com Mike Hailwood) foi o que ficou menos tempo na liderança - apenas três voltas - e passou na penúltima em 4º lugar.

Por que tanta confusão? Em primeiro lugar porque os projetistas estavam apenas começando a entender de aerodinâmica, que “oficialmente” chegará à categoria no final dos anos 60 com o advento dos aerofólios e do Lotus 72.
Sem saber direito regular os carros, os caras chegavam em Monza e arrancavam as asas fora buscando mais velocidade nas retas. Isso mais a conformação de Monza (que é quase um oval) explica o fato de a corrida ter sido tão veloz. Aliás, se os carros de hoje corressem naquela Monza, não tenho dúvidas que teríamos médias horárias de corrida superiores a 320 km/h...

A corrida foi embolada o tempo todo, com vários favoritos ficando pelo caminho, entre eles Stewart e Clay Regazzoni. A vitória esteve nas mãos de Chris Amon, correndo com um Matra, e também de Ronnie Peterson, com um horrível March mas sem a tábua de passar roupa no bico.

Nas últimas voltas, com os cinco primeiros correndo juntos, ficou claro que tudo se decidiria na Curva Parabólica, metros antes da linha de chegada. Na última volta, chegando para a freada da dita cuja, Cevert liderava, seguido por Peterson, Hailwood e Gethin.

Cevert e Peterson deixaram para frear bem pra lá de Deus me livre e, por isso, deslizaram um pouco. Como Peterson, ainda por cima, estava preocupado em bloquear qualquer tentativa de ultrapassagem por Hailwood, acabou facilitando as coisas para Gethin, que colocou seu BRM por dentro, saindo da Parabólica em primeiro.

Detalhes sobre Gethin: era a segunda corrida dele com a BRM. Nas corridas anteriores, ele havia competido com um McLaren, tendo como melhor resultado um 8º lugar. Esta não foi apenas a sua única vitória na Fórmula 1 (pelo menos em GPs); foi praticamente a única colocação que conseguiu em trinta participações. Fora isso, foram apenas dois 6ºs lugares...

Ah sim: Emerson Fittipaldi estava em Monza 71 pagando seus pecados ao volante do Lotus a Turbina, o carro que só acelerava e não freava. (já falei deste carro em um post anterior)

fonte: http://www.gptotal.com.br/pergunteedu/pergunte_2quin_maio03.htm

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