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Friday, October 14, 2011

GP da Bélgica de 1985

Senna vence de ponta a ponta.

A sua vitória na Bélgica, a segunda no ano, mostra que o Brasil tem a melhor dupla de pilotos para 86. Ele chegou quase um minuto na frente:

1º Senna, 2° Mansell, 3° Prost, 4° Rosberg, 5° Piquet e 6° Warwick.

Termina o ano e as pistas da Fórmula 1 dão ao Brasil uma certeza: nenhum outro pais terá em 86 uma dupla de pilotos com a qualidade de Piquet e Senna. Os italianos Michele Alboreto e Elío de Angelis? Não: o primeiro não tem garra e o segundo apenas aguarda a quebra dos que vão na frente. Os ingleses Derek Warwick e Nigel Mansell? Não: o primeiro não conquistou uma vitória em 56 GPs e o outro teve como melhor resultado em 72 provas este segundo lugar na Bélgica. A França não tem ninguém para compor uma boa dupla com o veloz Alaín Prost. Assim, nós temos dois pilotos ganhadores, Resta saber: terão eles máquina? Porque, como o próprio Senna diz, 86 será o ano dos motores; “ Aquele que se adaptar melhor à redução do consumo mantendo a mesma potência (os tanques terão 195 em vez de 220 litros) será o vencedor.

Senna e Piquet terminaram o ano com a nova experiência de subirem juntos ao pódio. Neste GP da Bélgica, teriam estado lá outra vez se Piquet não rodasse na primeira volta. Há, portanto, um lance novo no pedaço. A Williams, que Piquet vai pilotar em 86, encerrou o ano correndo bem. Na Bélgica, as duas marcaram pontos. E a Lotus de Senna, apesar de falhas na parte elétrica nas altas rotações, acabou chegando em primeiro, compreendida e bem guiada por ele. Tão bem conduzida que chegou com quase um minuto à frente da Williams de Mansell.

A vitória de Senna na Bélgica foi tranquila, mas também obstinada: assumiu a liderança na primeira curva, pararia depois para trocar pneus, voltou em segundo lugar e logo recuperou a ponta. E ele vai correr sempre pela ponta no ano que vem, o que lhe dá “mais sossego e permite encontrar a pista limpa”, ele prefere assim. Conta, naturalmente, com a boa resposta dos motores Renault, que serão a única preocupação da fábrica, que deixará a pista enquanto equipe. Apesar das investidas da Ferrari, Senna vai lutar pelo titulo de 86 na Lotus. Não importa que Ferrari e McLaren tenham equipes melhor estruturadas, ele tem um contrato a cumprir. E o cumprirá como primeiro piloto. De resto, o GP da Bélgica serviu para aumentar a vantagem de Alaín Prost sobre Michele Alboreto na disputa pelo título. Título que ninguém mereceu mais que o melhor piloto francês de todos os tempos.

A largada debaixo de chuva em Spa.

FOI O ANO DE PROST

Ninguém subiu ao pódio tanto quanto ele.

A França produziu para a Fórmula 1, em todos os tempos, 23 pilotos. Ao contrário de seus vinhos, a safra na pista teve sempre uma qualidade apenas regular. De Eugène Chaboud (que nasceu em 1907 e disputou a Fórmula 1 em 1950 e 51) até 82, os grandes nomes foram Didier Pironi (vice-campeão mundial em 82), René Arnoux (3° em 83) e François Cevert (3º em 71). Fraco desempenho francês, se compararmos ao do Brasil, que teve, desde Chico Landi a Ayrton Senna, 7 pilotos e ganhou 4 títulos mundiais. Mas chegaram os tempos de Alain Prost. Sonhador e obstinado. Em 83, perdeu o título mundial para Nelson Píquet na última prova e por dois pontos de diferença na contagem geral; no ano passado, o título lhe escapou por meio ponto, também na prova final! De qualquer forma, passou a ter o melhor currículo na Fórmula 1 entre os pilotos franceses. A França, já em setembro, contava com o tão esperado título. E festejava, com razão: o outro candidato, Michele Alboreto, tinha 16 pontos a menos. Prost, com sabedoria, passou a adotar nas últimas provas a cautela como tática, em vez do arrojo. Assim, o título foi ficando cada vez mais perto dele.

Ninguém, enfim, mereceu o título tanto quanto Prost. Este ano, foi impressionante a regularidade com que chegou ao pódio: dez vezes em 13 provas. E teria sido campeão mundial com grande antecipação caso não perdesse os nove pontos que ganhou em San Marino, quando foi desclassificado na pesagem do carro. Prost, o homem que deu o toque de qualidade à safra francesa de pilotos, tem apenas 30 anos. E muitas vitórias pela frente. A França lhe fará outras festas, com certeza.


fonte: http://f1gps.wordpress.com/

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