Na Fórmula 1, talento nem sempre é suficiente para ter sucesso. É preciso estar no lugar certo, na hora certa. Na lista desta quinta, confira cinco brasileiro que mereciam ter ido mais longe:
Luciano Burti dificilmente brigaria por títulos ou até mesmo vitórias na Fórmula 1, mas é inegável que a sua passagem pela categoria foi marcada pela má sorte. O paulista estreou pela Jaguar e, depois de apenas quatro provas, precisou se mudar para a Prost porque o time inglês mudou de direção e ele perdeu espaço. Na equipe francesa, sofreu dois graves acidentes nos GPs de Alemanha e Bélgica de 2001. O segundo o afastou das pistas até o fim daquele ano. Burti retornaria como titular da Prost na temporada seguinte, mas a Prost faliu e fechou as portas.
Em 1982, Roberto Moreno teve a chance de estrear na F-1 pela equipe Lotus, como substituto de Nigel Mansell no GP da Holanda. Entretanto, o brasileiro não conhecia a pista e nem o carro, e não conseguiu sequer classificação para a largada. O péssimo desempenho forçou Moreno a começar tudo do zero. Somente no fim dos ano 80 ele ganharia outra oportunidade, mas sempre por equipes pequenas. Correu por vários times falidos e só teve uma chance de verdade na Benetton, onde fazia temporada razoável em 1991 antes de ser demitido para a chegada de um certo Michael Schumacher.
O mineiro Cristiano da Matta chegou à Fórmula 1 credenciado pelo título na antiga Fórmula CART, mas teve sua carreira na categoria estragada pela confusa equipe Toyota. Entre 2003 e 2004, chegou a ter performances de destaque, tendo liderado boa parte do GP da Inglaterra de 2003 e largado do terceiro lugar no GP do Japão do mesmo ano. Entretanto, Da Matta questionava a equipe fora das pistas, reclamava da lentidão em se corrigir defeitos e, assim, foi se desgastando com a cúpula do time. No meio de 2004, foi demitido e não retornou mais para a Fórmula 1.
O maior vencedor da história da Stock Car foi prejudicado pelo início difícil da equipe Copersucar. O plano original era que Ingo fosse o segundo piloto de Emerson Fittipaldi, mas a pressão sobre a equipe era muito grande e o bicampeão recebia todas as atenções. Depois de poucas corridas, a Copersucar retirou o carro de Ingo, que nunca conseguiu uma chance de correr por outras escuderias. Foram apenas seis corridas, três largadas e um sétimo lugar como melhor resultado. Na Stock Car, Ingo mostrou do que era capaz e levou 12 títulos para casa.
Antes do aparecimento de Emerson Fittipaldi, Chico Landi foi o mais importante piloto brasileiro no cenário internacional do esporte a motor. Chico teve poucas oportunidades de mostrar seu talento fora do Brasil, mas conseguiu resultados bem expressivos. No GP de Bari de 1948, derrotou a nata do automobilismo europeu e venceu inclusive o futuro pentacampeão Juan Manuel Fangio. Dizem que Chico era tão bom quanto o argentino. Pena que nunca teve uma chance de verdade na F-1, onde disputou somente seis provas e só conseguiu um quarto lugar como melhor colocação
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