Estava vendo umas histórias sobre automobilismo e velocidade. Algumas coisas são bem curiosas, aliás, muitas. A principal discussão, irritante diga-se de passagem, a algum tempo atrás era quem era mais rápida: a F-1 ou a Indy? Bobagem, a Indy atingia velocidades mais altas porque corria em circuito ovais. Os chamados superspeedways são praticamente retas infinitas. Se um F-1 fosse preparado com a configuração de aerofólios e coisa e tal, seria muito mais rápido nesses ovais. Na vez em que foi possível de se fazer a comparação exata, quando a Indy (já F-Cart) correu na mesma pista de Montreal da F-1, foi quase 5 segundos mais lenta do que o último do grid da F-1.
O recorde de velocidade de um carro da F-1 é de 371 km/h, de Kimi Raikkonen, no final da reta principal de Monza. Só não chegou a mais porque a reta acabou, coisa que nos superspeedways não acontece. Pois é, 371 km/h, isto é muita coisa. O que achei engraçado foi ver a história da segunda prova da história do automobilismo, disputada em 1895. Emile Levassor chegou em primeiro mas foi desclassificado. Por que? Porque ultrapassou o limite de velocidade da prova: 12,5 km/h. Ou seja, um cara a pé teria vencido.
Outra história bem legal foi revelado tempos depois, na famosa corrida de Donington Park de 1993, aquele show do Ayrton Senna principalmente na primeira volta, quando passou os quatro primeiros colocados na chuva (aí na foto foi o último, o Alain Prost). Nessa corrida, a volta mais rápida foi registrada por Senna. Nenhuma novidade, não? O curioso é que ele fez essa volta passando por dentro do box. A equipe McLaren ficou olhando abobada para ele passando reto. Acreditava-se que os mecânicos não estavam preparados para fazer a troca de pneus de Senna, mas a verdade foi outra: como naquele tempo não tinha limite de velocidade nos boxes, Senna teve a idéia para cortar a última curva do circuito (muito lenta). Passar pelos boxes era mais rápido. Não foi por isso que ele venceu, claro, mas foi bem curioso.
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