A coluna post do leitor desta segunda é de autoria de Rubens Alves de Arapongas - PR.
Nada é mais cantado na Fórmula 1 atual do que as proezas de Sebastian Vettel, e a maior delas é que ele poderia ser o campeão mundial de 2011 com cinco corridas de antecedência, no GP de Cingapura, 14º dos 19 desta temporada.
Na verdade, é uma grande façanha, mas não será o primeiro piloto a aniquilar um campeonato muito antes da corrida final. Michael Schumacher foi mais arrasador em 2002, fechando o seu tetracampeonato com seis corridas de antecedência, já no GP da França, 11ª das 17 provas daquele ano. Schumi marcou um total de 144 pontos contra 77 de Rubinho Barrichello (na época a o vencedor ganhava 10 pontos), mas já era insuperável em Magny Cours, onde totalizou 96 pontos contra 34 de Juan Pablo Montoya e 32 de Barrichello.
Se Vettel consagrar o seu bicampeonato em Cingapura, tampouco bateria o feito de Nigel Mansell em 1992. Naquele ano, pilotando um espetacular Williams FW 14B, de suspensão inteligente, o Leão venceu 9 das 16 corridas, marcou 14 pole positions e consagrou-se campeão no GP da Hungria, 11º dos 16 do calendário.
Embora campeão com cinco provas de antecedência (92 a 40 de Riccardo Patrese), 1992 não teve um final feliz para o Leão.
Nigel Mansell chegou à Monza, 15 dias depois, para saborear seu título mundial no GP da Itália. Mas o que deveria ser festa virou velório, porque ele foi duplamente surpreendido: primeiro com sua demissão da Williams e segundo com o anúncio da contratação de Alain Prost para seu lugar.
Mansell ainda tentou constranger os patrões, convocando a imprensa mundial no sábado, após ter cravado a pole position para, num gesto patético, comunicar que iria para a Fórmula Indy. No domingo virou Leão e se vingou à Mansell. Ou seja: venceu a corrida e ainda reprisou a proeza ao ganhar o GP do Japão, o último da temporada.
Depois foi ser campeão na Indy.
O Leão com Ayrton Senna e Gerhard Berger
fonte: Lemyr Martins
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